sábado, 13 de setembro de 2008

Enigmático Mundo

Tudo indefinido e tudo perdido. O mundo gira e eu fico aqui parado, melado e molhado. Tudo levemente obscuro, palavras no muro, pouco barulho, enormes buracos e pequenos furos. Indecisão sobre a razão de ser essa reação diante de tamanha confusão que vai da televisão até o meu coração. Poesia tão vazia que antigamente não se fazia e nem se via jogada sobre a pia da Dona de Casa chamada Maria que sempre se escondia mas que agora alumia. Percebe o desespero que vejo pelos corredores sem asulejo onde todos cheiram queijo e nunca se sabe se o futuro será o mesmo? O que há com as voltas minguantes do Planeta Terra que aos gritos berra e nunca acerta a resposta correta das questões mais incertas e abertas indicadas por uma grande seta? São tantas confusões e tantas abstrações que até as rimas não conseguem mais rimar e até as vidas não conseguem mais executar e tudo o que coloca-se à mesa é somente a sobremesa de um texto sem proesa e uma canção sem maestria.

Um comentário:

Indhira disse...

Confusões da sua cabeça
ou seriam minhas e suas?
A vontade, a verdade, a luz, a força
No escuro, uma voz rouca?
De vida, sedentos estamos
Contando os segundos
Perdendo os passos
Para achar o compasso do mundo.