sábado, 11 de outubro de 2008

Inspira-me

Poemas nem sempre são desabafos e nem sempre falam de mim. As vezes eu falo neles sobre você e ninguém percebe. Outras vezes eu falo neles para você e nem você percebe. Inspiro-me a todo instante e em qualquer lugar para falar de amor, de tempo ou da minha revolta diante de um comportamento ameno. Só não posso é deixar de me inspirar. E nem me falta inspiração: a menina que vi pela janela do ônibus, o idiota que atravessava a faixa de pedestre ou que não parou para mim na faixa de pedestre, o bom dia que ganhei quando eu nem esperava um olhar, o olhar que ofereci e que não foi retribuído, ou tudo aquilo que mexe ou não comigo. A inspiração as vezes vem de fora e as vezes de dentro. E quando não vem eu poetizo sobre o fato de não haver inspiração. Pois é... quando você ler um poema meu, tenha cuidado, posso estar falando sobre você, para você ou nem pensando em você. Mas torça, para que tenha o privilégio de se tornar imortal em minhas palavras.

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