terça-feira, 11 de novembro de 2008

Espírito meu

E num instante qualquer eu apenas solto um mortal grito, rasgo minhas roupas brancas, rompo todas as algemas que se prendem ao meu corpo, abro as asas numa quebra ímpeta da estagnação do ar e vôo. Soltem as grades da prisão e deixem que as chaves dancem harmonicamente com o peso angustiante dos cadeados. Quebrem os tijolos de aço que ostentam essas paredes infelizes. Tirem as mãos de mim e apenas contemplem meu voar desgovernado pelos ares da libertade em chamas ardentes da intensa vida. Não chorem caso eu nunca volte, nem percam tempo debulhados em esperanças vãs de um honroso retorno. Nunca fui sei, nem nunca fui deles. Na verdade eu sou do ar, e somente aqui, eu posso realmente viver.

4 comentários:

P.A. disse...

Vejo um senso de liberdade por aqui!
E me identifico com isso... você, ser do ar... eu, sempre ao dispor de brisas e tempestades...

Deixemos, então, que esse elemento tão livre nos deixe também alçar nossos vôos e experimentar nossa [mesmo falsa] liberdade!

Belo texto!

Indhira A. disse...

Pelo título, vejo que essa liberdade é algo ainda mais supeior, não vem da carne, mas sim do espírito. Sim, quantas vezes também me senti assim! Aliás, quantos espíritos não clamam pela liberdade, mesmo que falsa, como bem comentou nosso amigo P.A... Afinal, não pertencemos a ninguém, quiçá a nós mesmos!
Muito sincero o texto.
Bjooo! ;)

P.A. disse...

Hey, mister!
Olha eu por aqui novamente!

Dessa vez é pra avisar que há um Meme te esperando em meu blog! Dê uma passada por lah pra ver do que se trata! Não me desaponte... rs...

Abraço!

Indhira A. disse...

Genteeeem! Vamo atualizar esse negócio aqui que já tá mofando! kkkkkkkkk O espírito já voou, retornou e nada! kkkkkk
Tico, como vi que você não respondeu ao Meme que P.A te indicou, eu novamente te passo a corrente! kkkk Dá uma passadinha em meu blog e confere como funciona. (E fique à vontade para não fazer também, se desejar, claro.rsrs)
Bjoo ;)