sábado, 27 de dezembro de 2008

Entrelinhas

Será que você sabe quanto custa o valor infinito de uma lágrima que desaba de meu olho desonesto? Será que você tem noção de quantos passos eu tive que dar debaixo daquele sol escaldante para ter o direito de somente então colocar minha língua virgem naquela água com gosto de fonte de vida? Será mesmo que você é capaz de ver diante do espelho o reflexo quase real do futuro faraônico que está parado atrás daquela montanha, só esperando a triunfante chegada de seu dono? Acho que você não é capaz nem de perceber quem mora atrás de sua própria pele sem gosto e, talvez, nunca entenda a constituição do solo que conseguiste tão facilmente lançar suas pegadas. Enquanto precisar de mim eu estarei aqui, pronto pra te ajudar. Mas do meu jeito e com a minha poesia. Pelo correr dos últimos parágrafos é tudo que eu posso, para ti, escrever.

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