sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Velho Ano Novo

Corações e olhares separados pela distância de um ano que foi novo e se tornou velho. Distância lamentável de vida e sentimentos que urgem no caminho e instiga dor. Canções iguais que tocam em volumes e tonalidades tão diferentes, mas a saudade é a mesma. Saudade dolorida de quem foi e até então não voltou, de quem foi e ainda não voltou, do tempo que passou e os sorrisos desperdiçados, das profecias elaboradas e das brincadeiras lapidadas a meia luz. Saudades dos amigos unidos sem mim e dos amigos solitários tão distantes de mim. Na vela acessa sobre a mesa da cozinha vejo brilhar fulminante a tão simples e singela chama da esperança de renovação em um ano novo qualquer que como todos os outros vem trazer o espírito de mudança e vitórias, mesmo que seja em apenas um dia. Ainda me recordo dos álbuns de fotografia e das vozes gravadas em cada figura. Ainda me recordo do Natal e do mecânico “Feliz”. Depois do ano novo, a saudade do ano velho e de todos os outros que estávamos todos reunidos. Só resta agora acreditar que tudo será diferente um dia e que o ano novo será sempre feliz...

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