terça-feira, 3 de abril de 2007

Caos inteiror


Acordo no meio da madrugada e descubro que tenho medo.
Medo de não mais dormir ou de não mais acordar.
Medo de descobrir ou nunca saber.
Tenho medo da janela, da porta, da massaneta e da chave do carro.
Medo constante das armas, do sangue e das trincheiras.
Tenho medo das ruas e das curvas; do cinema e das crianças no parque.
Sou feito de medo.
Medo de ser feliz e de correr; de cantar e de agir.
Tenho medo do seu sorriso e do ele pode fazer.
Muito medo tenho de clamar, de ler e de partir.
Medo de recomeçar, de não começar, de cair, ou de não sair do ponto de inércia.
Tenho medo até de ter medo, mas tenho mais medo ainda de ter coragem.
Medo de pecar, de falar e de vencer.
Medo de amar.
Medo, medo e mais medo.