sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Foi?

O que foi isso que por mim passou e fez os pêlos do meu braço delirarem e meus olhos tão obedientes se conterem? Não sei se tem mais aqui dentro, ou se corre mais perdido lá pelo lado de fora. Nem sei... E tanta coisa, que tanta gente não sabe. Inclusive você. Quantas cartas de amor feitas num momento de inspiração e que não levam nem o perfume da última lágrima seca. Tantas palavras, gestos e beijos jogados ao aleatório ar e destinados sempre ao mesmo ninguém. Sabia que ainda me lembro do seu último semi-olhar sobre o meu? Mas não se preocupe, de vez em quando pássaros do sul resolvem descançar e até as ondas dos oceanos resolvem se dissipar nas areias branquinhas das praias tão litorâneas. Nem tudo é o que exatamente se vê, nem tudo é como aquilo que parece parecer e nem todos são esse crital que me faço. E depois de me ouvir, se quiser, olhe sempre para os lados.

Um comentário:

Indhy disse...

Pega-se um punhado de palavras, coloca-se um tanto de emoção e eis que se forma um texto escrito por Thiago Prado. Confesso que na escola sempre adorava decifrar as poesias mais loucas nas provas de literatura. Mas aqui suas palavras sempre me soam como icógnitas. Talvez escondam tanta coisa, e talvez esteja tudo tão claro! Mas é coisa que não sou capaz de dizer... Às vezes consigo ler Deus, às vezes um espírito de liberdade, às vezes pedaços de saudade. Mas nada sei ao certo. Porém sabe usar as palavras, e isso encanta e comove.
=**