domingo, 5 de julho de 2009

Saiu... rsrsrs

Por várias vezes eu estive prestes a escrever sobre várias coisas, mas acabei desistindo. E não foi por falta de palavras, nem por falta de tempo, muito menos por falta de angustias. Me lembro que certa vez quis escrever sobre a vitrine, logo aqui, e os olhares curiosos e as vezes discretos a perambular descaradamente. Foi então, que hoje, depois de nada especial ter acontecido, eu resolvi soltar o verbo e substancializar tudo que adjetivei e conjuguei aqui dentro. Sem nexo ou contexto, não coloco endereço, mas tenho aqui comigo, cada traço e rabisco e motivos tão vivos por quem ou por qual jogo me. São tantas as coisas, que nem sei por onde começar. Talvez pela mesa do bar, vazia, de novo vazia e suja, sem uma conta a pagar. Bancos na noite e crianças em uma ciranda sangrenta sem medo do raiar do sol e da ação da gravidade sobre suas máscaras tão bem desenhadas. Corpos que dançam, mas não amam. Enganam-se. Há tanta gente enganada. Tanta alma falsa, fraca, farta. Metade do que eu te disse outro dia, era só conveniência. A outra metade, era mentira. E para aquele quadro da parede, guardo meu porão, já que outras pinturas ocupam aos poucos seu lugar. Mensagens em garrafas para o outro lado do mar e tesouros escondidos, aqui na ilha ao lado. Velhos mapas, novos conceitos, antigos amigos. Só o passado! Novos textos, outros dias, novas poesias e talvez, mais pra você e sobre você. Não perca! Não queira me inspirar. Mas vá sem embora, e deixe aqui, seu já esquecido lugar.

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