sábado, 23 de abril de 2011

Flores em Laranjeiras

O silêncio nunca é completo por aqui. Sempre tem uma gota que bate na proteção da janela ou um carro sem ritmo que atravessa a distância da rua. Por dentro também é assim. Agora Cazuza, outrora Bethânia e daqui a pouco Vercilo. Tem também a agonia de uma mão que desliza de minuto a minuto, a procura de uma fotografia anti-saudade. Se bem que, pela hora que o relógio exibe, me parece cedo demais para saudades.

Tão estranho e inusitado quanto os acasos de uma quarta santa. E num piscar de olhos mal intencionados, perde-se a certeza sobre as confissões que eram feitas em volumes tão minúsculos. Acredita-se que o coração tem aumentado o tom, a batida, a atividade, a vida.

Brincadeiras no fim de tarde podem deixar marcas pelo restante da noite.

Um comentário:

Xaverloo disse...

Brother, tua vida tá tão cinema e poesia. Queria ter visto essas flores de laranjeiras.

Abraço