segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Certezas

Hoje eu tenho certeza que amanhã será diferente e que nunca mais será igual, nunca mais a água da correnteza terá a mesma direção, nem o sino o mesmo badalo. Amanhã o dia vai nascer de uma outra cor e eu vou sorrirei com outro branco. Se eu sorri, eu sorrirei com outro branco. Nem tudo vai do jeito que queriam que fosse, a água não filtra, a parafina derrete rápido demais e a última ave ameaçada acabou de ser definitivamente extinta. Por enquanto, eu só tenho a certeza de que amanhã será diferente e talvez melhor, por que o amanhã nunca esteve tão próximo do inusitado e a vida nunca esteve tão próxima do inédito. Amanhã pode ser tudo novo ou pode ser tudo de novo, mas o fim desse poema nunca será igual e o meu nascer do dia nunca será da mesma cor. E sobre o amanhã, a única coisa que sei é que talvez ele venha... talvez.

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